sábado, 24 de julho de 2010

AVATAR - o filme

No blog do amigo Jacknamar tem o seguinte texto:


"Foi essa a afirmação que ouvi de um professor ( ? )/pastor, há poucos dias. Avatar. Uma ficção científica claramente com uma pegada ecológica, humanitária e com discurso voltado para a relevância de temas como a necessidade de abraçarmos o princípio de economia e sociedade sustentável, reduzido ao estatuto de uma obra cinematográfica “maligna”.

Céus, como culpar um homem desses? Quando ele me fez essa afirmação eu fui na verdade tomado por um forte sentimento de compaixão. De piedade. Apenas porque sei que ele não é mais um dos inúmeros “empresários da fé” iludindo tolos por aí torta e à direita.

Não. Trata-se de um ingênuo. Um pobre homem consumido por uma teologia ignorante e das mais infantis.

Acontece que no meu caso, fui levado a considerar que quanto mais uma sociedade abraça a religião, mais ela dá provas de sua ignorância e desapego pelo desejo de conhecimento. A religião é sim um ópio, como disse Karl Marx. É o conforto mais rápido e também o menos eficaz para os aflitos. A religião não salva. Ela acalma momentaneamente e dociliza.

Por que é ineficaz? Simples. Porque ela não permite e nem considera que sejam transformadas as estruturas que regem uma sociedade e que garantem – verdadeiramente – a permanência ou extinção dos sistemas que geram ou abolem as mazelas sociais como a desigualdade, a concentração de renda, o abuso de poder e recursos econômicos, as guerras.

Não por acaso, a Igreja Católica voltou-se tão vigorasamente contra a Teologia da Libertação. Cristãos independentes com espírito político e crítico não interessam a Igreja. Por sua ótica, apenas os seus membros ordenados podem fazer política. Aliás, a própria Igreja mente quando diz não fazer política. Afirmação essa sempre reiterada por sofistas e fanáticos convictos como o “professor ” Felipe de Aquino do canal Canção Nova.

E não por acaso, todos os governos autoritários andam de braços dados com bispos, pastores e demais lideranças religiosas. Com religiões como a cristã, não existe espaço para a dúvida, para o receio.

A religião pega o que de melhor a humanidade produziu em sua longeva história social. Princípios desenvolvidos as duras penas como compaixão, respeito, tolerância, amor são simplesmente desumanizados e atribuídos a uma ou outra divindade.

Como os “avatares” do filme, o homem é reduzido a um conceito doentio de pecado, de sempre propenso ao erro. Exceto, claro, quando sobre o controle de um ou outro representante da fé…

Só para constar, o filme vai ser relançado nos cinemas em agosto e eu quero ser um dos primeiros na fila de ingressos."

http://jacknamar.wordpress.com/


Eu, pessoalmente, achei o filme muito bom. Fala, entre muitos outros assuntos, na inclusão social, no desenvolvimento sustentável do meio ambiente, da importância da natureza para o ser humano... Tudo depende dos olhos de quem vê. Nem me lembro de quem é essa afirmação, mas com certeza é verdadeira. Se olharmos as coisas com olhos "endemoniados" claro que só veremos "demônios" na nossa frente. Temos que ter a mente aberta, ver além, transformar imagens e mensagens em aprendizado. Crescer. O ser humano precisa aprender a "crescer", evoluir.

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