sábado, 7 de junho de 2014

Disciplina Projetos Pedagógicos - Pólo de Jardim do Seridó

Encontramos pessoas maravilhosas por toda nossa vida. Deus nos dá várias oportunidades de nos tornarmos melhores, de sermos importantes para alguém, seja por palavras ou ações. Nossa família é um grande exemplo desses presentes de Deus. E os amigos, esses sim, nos surpreendem a cada dia!
Minhas aulas por aí, me permitem conhecer pessoas iluminadas, carinhosas e com grande experiência de vida. Pessoas estas, que a cada dia respeito mais.
Segue divagações de uma menina/mulher que conheci nessas minhas andanças. Amiga, que Deus me deu. Não sei como nos aproximamos, mas agora não quero mais deixá-la ir.




"Estive pensando... Ontem a aula, mesmo estando entre os muros da escola, transbordou de maneira surpreendente daquele cubículo quase sem abertura para o mundo lá fora. Ontem, nos foi proposto enxergarmos a emoção presente nas entrelinhas do texto da Mestra Clarisse Massa. Ali, enquanto sons e cheiros nos acompanhavam uma das pessoas que mais admiro nos instigou a pensar principalmente sobre qual o nosso papel como futuros “produtores de gente”. Questões como: Será que estamos realmente preparados para transbordar esses muros? Será que estamos desencantados e tristes, ansiando por uma futura aposentadoria? Quem são os nossos alunos? Quais os seus sonhos? Como iremos avaliá-los? E porque avaliar o “outro” sob os nossos próprios critérios? Levar o cotidiano do aluno para a sala de aula será mesmo uma perca de tempo? Como salienta Piaget, o interesse do aluno depende da significação que o conceito pode lhe despertar. “Interesse”. Talvez essa seja a abertura da gaiola: Levar o aluno a interiorizar o que estão vivenciando em sala e dar-lhes asas para que possam arquitetar seu primeiro voo. Será que eles são mesmo obrigados a receberem “pacotes-verdades” sem que levem em consideração suas subjetividades? A sala de aula é na verdade um lugar de trocas culturais, de anseios, de rememorar pequenos “nadas” que fazem uma grande diferença. Mas como considerar cada um dos meus alunos se estamos em uma verdadeira sociedade do controle, como saliente, Foucault? Como pensar e entender cada cultura, se a disciplina e o normal é o que impera? Mas afinal, o que é normal diante de tantas diferenças? E como fazer com que meus alunos se percebam seres críticos, ativos e pensantes? Como levá-los a verem-se protagonistas da sua própria educação? Como dar voz ao silêncio ensurdecedor do aluno que no canto da sala, aparenta estar em um mundo paralelo? REGRAS? Certo, podemos sim usá-las, mas o que são regras? E até que ponto elas atendem as expectativas do meu aluno e da comunidade que ele faz parte? Será que elas não atendem somente aos meus interesses ou ao interesse do “sistema”? Qual o verdadeiro papel do professor? O que estamos construindo aqui no chamado ensino superior? Somos superiores mesmo? Será que por muitas vezes não nos comportamos do mesmo modo que os nossos alunos? Quantas vezes cobramos do professor uma nota, esses números que nos classificam como bons ou ruins e criticamos tanto o ensino caduco que ainda mede o aluno por estatísticas, números vazios? A aula me trouxe à tona a imagem da gaiola vazia. Imagem comovente? Talvez, para muitos não. Mas se pensarmos que a gaiola vazia representa a maneira como os alunos se sentem mais gente, não muda a percepção do “ver” e “sentir”? Estar trancafiado em fila ouvindo o professor será mesmo o certo e final feliz? Estive pensando que talvez o transbordamento da sala de aula, o sair dos muros não seria realmente o final que tanto almejamos, mas que não somos levados a buscá-lo. Estive pensando e acho que vou continuar pensando por muito tempo..."

Jardelly Lhuana
 Inquietações de uma noite em 02/06/2014.

Projetos Pedagógicos - Pólo de Jardim do Seridó


Coordenação e Supervisão Pedagógica - Pólo de Currais Novos

Língua Portuguesa - Pólo de Jardim do Seridó










Língua Portuguesa - Pólo Currais Novos

sábado, 10 de maio de 2014

Feliz Dia das Mães!


A Nova Ortografia Descomplicada - Douglas Tufano


A Nova Ortografia Descomplicada
Orientações Básicas


Conforme a 5ª edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), publicado pela Academia Brasileira de Letras, em março de 2009.


1. Foram oficialmente introduzidas no alfabeto as letras K, W e Y. O nosso alfabeto agora tem 26 letras: ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ. Mas atenção: as letras K, W e Y devem ser usadas apenas na escrita de palavras estrangeiras (e suas derivadas) e de palavras adotadas como unidades de medida de uso internacional (Kafka, kit, show, software, yin, yang etc.).

2. O trema (¨) foi abolido. Ex.:
Como era: agüentar, argüir, bilíngüe, seqüestro, tranqüilo.
Como fica: aguentar, arguir, bilíngue, sequestro, tranquilo.
* Continua em palavras estrangeiras e suas derivadas: Müller, mülleriano.

3. Palavras que terminam em óia, óias, óio, éia, éias, éio  não são mais acentuadas. Ex.:
Como era: jóia, jóias, idéia, idéias, apóia (v. apoiar), apóio (v. apoiar), estréio (v. estrear).
Como fica: joia, joias, ideia, ideias, apoia, apoio, estreio.

4. Palavras que têm o grupo éi ou ói no meio não são mais acentuadas. Ex.:
Como era: heróico, paranóico, debilóide, asteróide, protéico. 
Como fica: heroico, paranoico, debiloide, asteroide, proteico.
* Palavras que terminam em éis ou ói(s) continuam com acento: papéis, herói, heróis.
* Como se vê em 3 e 4, caiu o acento das paroxítonas nas quais a base da sílaba tônica são os ditongos abertos ói, éi. Mas o acento continua quando se trata de palavras oxítonas ou monossílabos tônicos: herói, dói, sóis etc.

5. Palavras como feiúra, baiúca, bocaiúva, cauíla (= avarento) perderam o acento. Agora se escrevem: feiura, baiuca, bocaiuva, cauila.
* Caiu o acento das vogais tônicas I e U, em palavras paroxítonas, somente quando elas são precedidas de ditongos decrescentes. Observe:
                        fei - u - ra   /  bai - u - ca  /  cau - i - la
Se essas vogais tônicas forem precedidas de ditongo crescente, o acento permanece. Ex.: Guaíba, guaíra.
* Se essas vogais tônicas não forem precedidas de ditongo, continuam com acento. Ex. saúde (sa-ú-de), saída (sa-í-da).

6. Palavras que terminam em êem ou ôo(s) não são mais acentuadas. Ex.: 
Como era: abençôo (v. abençoar), dêem (v.dar), crêem (v.crer), lêem (v.ler), vêem (v.ver), vôo, vôos, zôo.
Como fica: abençoo, deem, creem, leem, veem, voo, voos, zoo.

7. Caiu o acento das seguintes palavras: pêlo, pêlos, pólo, pólos, pêra, pára.
Agora devemos escrever: pelo, pelos, polo, polos, pera, para.

8. O acento circunflexo na palavra fôrma é opcional, isto é, pode ou não ser usado. Às vezes, é bom usar para evitar confusão. Veja como ele é útil nesta frase: Não sei qual é a forma da fôrma do bolo.

9. Caiu o acento agudo (´) no U de três formas dos verbos arguir e redarguir.
Como era: (tu) argúis, (ele) argúi, (eles) argúem, (tu) redargúis, (ele) redargúi, (eles) redargúem.
Como fica: (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, (tu) redarguis, (ele) redargui, (eles) redarguem.

USO DO HÍFEN COM COMPOSTOS

1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação. Ex.:
guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume,
joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca.
* Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição,  como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo.

2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou semelhantes, sem elementos de ligação. Ex.:
reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, bi-bi, fom-fom, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre.  

3. Não se usa o hífen em palavras compostas que apresentam elementos de ligação. Ex.:
pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra.
Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Ex.:
maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda,    
cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta.
* Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.

4. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares) que apresentam ou não elementos de ligação. Ex.:
Belo Horizonte — belo-horizontino
Porto Alegre — porto-alegrense
Mato Grosso do Sul — mato-grossense-do-sul
Rio Grande do Norte — rio-grandense-do-norte
África do Sul — sul-africano

5. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Ex.:
bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo, cravo-da-índia.
Obs.: Não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares:
arroz-do-campo (certo tipo de erva) - arroz de festa (alguém que está sempre presente em festas).
bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformação nas vértebras).
olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).

USO DO HÍFEN COM PREFIXOS

Uso do hífen na formação de palavras com prefixos (anti, super, inter, semi, sub,  ultra etc.) e elementos antepositivos terminados por vogal, como aero, auto, bio, macro, micro, mini etc., também chamados de falsos prefixos ou pseudoprefixos.

1. Usa-se o hífen diante de palavra começada por H. Ex.:
anti-higiênico, super-homem, sobre-humano.

2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Ex:
micro-ondas, anti-inflacionário, sub-bibliotecário, inter-regional.

3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra. Ex.:
autoescola, antiaéreo, intermunicipal, supersônico, superinteressante, agroindustrial, aeroespacial, semicírculo.

4. Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por R ou S, dobram-se essas letras. Ex.: minissaia, antirracismo, ultrassom, semirreta.  

5. Com o prefixo sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra começada por R. Ex.: sub-região, sub-reitor, sub-regional, sob-roda.

6. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por O ou H. Neste último caso, corta-se o H. Ex.: coobrigação, coedição, coeducar, cofundador, coabitação, coerdeiro. Se a palavra seguinte começar com R ou S, dobram-se essas letras. Ex.: corréu, corresponsável, cosseno.  

7. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Ex.: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado,
pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu, vice-rei.

8. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas por E. Ex.: preexistente, preelaborar, reescrever, reedição.

9. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra começada por M, N e vogal. Ex.: circum-murado, circum-navegação, pan-americano.

OUTROS CASOS DO USO DO HÍFEN

1. Não se usa o hífen na formação de palavras com não. Ex.:
(acordo de) não agressão / (reservado para) não fumantes.

2. Com mal, usa-se hífen quando a palavra seguinte começar por Vogal, H ou L. Ex.:
mal-assombrado, mal-entendido, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo.
* Nos outros casos, escreve-se sem hífen: malcriado, malcomportado, malcheiroso, malfeito, malsucedido, malvisto.
* Quando mal significa doença, usa-se o hífen se a palavra não tiver elemento de ligação. Ex.: mal-francês. Se houver elemento de ligação, escreve-se sem hífen. Ex.: mal de lázaro, mal de sete dias.    

3. Com bem, não há orientações novas no Acordo Ortográfico. De modo geral, usa-se o hífen nos compostos. Ex.:
bem-aventurado, bem-intencionado, bem-humorado, bem-merecido, bem-nascido, bem-falante, bem-vindo, bem-visto, bem-disposto.
* Mas há vários casos em que bem se liga sem hífen à palavra seguinte. Ex.:    
benfazejo, benfeito, benfeitor, benquisto.

4. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:

    Na cidade, disseram-me que ele foi viajar.
    O diretor foi receber o vice-prefeito.




sexta-feira, 9 de maio de 2014

Voltando...

Após alguns (muitos) meses estou retornando as postagens no blog. Aos poucos, colocarei novidades pessoais e profissionais, assim como sugestões e fotos diversas.
A música Oração ao Tempo - Maria Gadú, reflete esse período que passei hibernando.

És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo Tempo Tempo Tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo Tempo Tempo Tempo

Compositor de destinos
Tambor de todos os ritmos
Tempo Tempo Tempo Tempo
Entro num acordo contigo
Tempo Tempo Tempo Tempo

Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo Tempo Tempo Tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo Tempo Tempo Tempo

Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo Tempo Tempo Tempo
Ouve bem o que te digo
Tempo Tempo Tempo Tempo

Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo Tempo Tempo Tempo
Quando o tempo for propício
Tempo Tempo Tempo Tempo

De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
Tempo Tempo Tempo Tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo Tempo Tempo Tempo

O que usaremos pra isso
Fica guardado em sigilo
Tempo Tempo Tempo Tempo
Apenas contigo e migo
Tempo Tempo Tempo Tempo

E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo Tempo Tempo Tempo
Não serei nem terás sido
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo

Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo, Tempo, Tempo, Tempo

Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo Tempo Tempo Tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo Tempo Tempo Tempo