quinta-feira, 14 de maio de 2009

Planejamento

CONVITE

“Será que vale a pena?
Tudo vale a pena
em nossos sonhos
em nosso trabalho
em nossos educandos.
Vale a pena, se a vontade for grande
e o medo pequeno.”
(Fernando Pessoa)

Com essa vontade, convidamos vocês, professores dos Anos Finais do Ensino Fundamental, para nos encontrarmos dia 12 de maio, às 19 horas, na EMAB, com o objetivo de planejarmos nossas atividades para o 2º bimestre letivo.
Lembramos que será pagando o sábado letivo, 25/04.
Contamos com sua presença radiante!
Equipe gestora e pedagógica.


E. M. ARNALDO BEZERRA

ENCONTRO COM PROFESSORES
ANOS FINAIS – ENSINO FUNDAMENTAL

PAUTA – 12/04/2009

1. Reflexão: O poder do sorriso
2. Texto para estudo: Competências e habilidades
3. Slides: Compromisso
4. Planejamento do 2º Bimestre (conteúdos e procedimentos)
5. Encerramento - dinâmica: Atire a primeira flor


Iniciamos com a reflexão O poder do sorriso com o objetivo de demonstrar a importância de sermos bem recebidos na escola ou em qualquer lugar que frequentamos.
Como nos sentimos bem sendo recepcionados por um sorriso, por uma palavra amiga.

O PODER DO SORRISO

Um sorriso não custa nada, mas cria muitas coisas.
Dura só um momento, mas sua lembrança perdura pela vida a fora.
Não se pode comprá-lo, mendigá-lo, pedi-lo emprestado ou roubá-lo.
Não tem utilidade enquanto não é dado.
E se no seu caminho encontrares uma pessoa
por demais cansado para lhe dar um sorriso, deixa-lhe o seu,
pois ninguém precisa tanto de um sorriso quanto
aquele que não tem mais um a oferecer.
Seu sorriso será tão precioso para esta pessoa
que no momento que ela receber ela sentirá a magia
da felicidade incendiar o seu viver, e ela
de gratidão lhe retornará um belo e meigo sorriso.
Por isso, meus queridos amigos, conservem este brilho
de alegria em seu rosto, pois mesmo que você não perceba
através do seu sorriso, você transmite para as pessoas
que caminham ao seu lado
força, alegrias e coragem!

Após a reflexão pelo grupo passamos a leitura compartilhada do texto baseado em Perrenoud (1999), para discussão sobre Competências e habilidades do professor para desenvolver bem suas aulas.

Mas o que são, afinal, competências e habilidades?
Como muito bem coloca Perrenoud (1999), não existe uma noção clara e partilhada as competências. Mas do que definir convém conceituar por diferentes ângulos:
Poderíamos dizer que uma competência permite mobilizar conhecimentos a fim de se enfrentar uma determinada situação. Destacamos aqui o termo mobilizar. A competência não é o uso estático de regrinhas aprendidas, mas uma capacidade de lançar mão dos mais variados recursos, de forma criativa e inovadora, no momento e do modo necessário.
A competência abarca, portanto, um conjunto de coisas. Perrenoud fala de esquemas, em um sentido muito próprio. Seguindo a concepção piagetista, o esquema é uma estrutura invariante de uma operação ou de uma ação. Não está, entretanto, condenado a uma repetição idêntica, mas pode sofrer acomodações, dependendo da situação.
Vejamos um exemplo:
Quando uma pessoa começa a aprender a dirigir, parece-lhe quase impossível controlar tudo ao mesmo tempo: o acelerador, a direção, o câmbio, a embreagem, o carro da frente, a guia, os espelhos (Meu Deus, três espelhos! Mas eu não tenho que olhar para frente??). Depois de algum tempo, tudo isso lhe sai tão naturalmente que ainda é capaz de falar com o passageiro ao lado, tomar conta do filho no banco traseiro e, infringindo as regras de trânsito, comer um sanduíche. Adquiriu esquemas que lhe permitiram, de certo modo, “automatizar” as suas atividades.
Por outro lado, as situações que se apresentam no trânsito nunca são iguais. A cada momento terá que enfrentar situações novas e algumas delas podem ser extremamente complexas. Atuar adequadamente em algumas delas pode ser a diferença entre morrer ou continuar vivo.
A competência implica uma mobilização dos conhecimentos e esquemas que se possui para desenvolver respostas inéditas, criativas, eficazes para problemas novos.
Diz Perrenoud que “uma competência orquestra um conjunto de esquemas. Envolve diversos esquemas de percepção, pensamento, avaliação e ação”.
Pensemos agora na nossa realidade como professores. O que torna um professor competente?
Ter conhecimentos teóricos sobre a disciplina que leciona? Sem dúvida, mas não é suficiente. Saber, diante de uma pergunta inesperada de um aluno, buscar nesses conhecimentos aqueles que possam fornecer-lhe uma resposta adequada? Também.
Conseguir na sala de aula um clima agradável, respeitoso, descontraído, amigável, de estudo sério? Bem, isso seria quase um milagre, uma vez que várias dessas características, todas desejáveis, parecem quase contraditórias. Conseguir isso em um dia no qual, por qualquer motivo, houve uma briga entre os alunos? Esse professor manifestaria uma enorme competência no relacionamento humano.
Poderíamos listar várias outras. Perrenoud, em outro livro (10 novas competências para ensinar), trata de algumas delas.
O conceito de habilidade também varia de autor para autor. Em geral, as habilidades são consideradas como algo menos amplo do que as competências. Assim, a competência estaria constituída por várias habilidades. Entretanto, uma habilidade não “pertence” a determinada competência, uma vez que uma mesma habilidade pode contribuir para competências diferentes. Uma pessoa, por exemplo, que tenha uma boa expressão verbal (considerando que isso seja uma habilidade) pode se utilizar dela para Sr um bom professor, um radialista, um advogado, ou mesmo um demagogo. Em cada caso, essa habilidade estará compondo competências diferentes.

Competências e habilidades na sala de aula
A pergunta surge espontânea: o que o professor precisa fazer, então, para assumir esse novo papel?
Eu diria que um dos aspectos básicos é saber dosar o preparo e a programação das aulas com a improvisação. Talvez alguns fiquem chocados com esta colocação. Afinal, insistiu-se tanto na importância das metodologias de ensino, em aulas muito bem planejadas e pré-programadas, lançando mão dos mais diversos recursos pedagógicos. Mas o fato é que uma aula muito bem programa não dá espaço ao aluno.
É importante que um professor saiba como vai iniciar a sua aula, que recursos deverá ter disponíveis, os objetivos que pretende atingir. Entretanto, se cada passo da aula estiver previamente delineado ele tenderá a “escapar” dos questionamentos dos alunos, a inibir a sua participação (uma vez que isso sempre atrapalha o caminho previamente traçado), a seguir linhas de raciocínio que talvez sejam as suas, mas não as dos seus alunos.
Temos que evitar, entretanto, cair no pólo oposto: que as aulas aconteçam sem um objetivo concreto, (como um barco: existe um traçado original, do qual, entretanto ele muitas vezes se desvia por circunstâncias do caminho), é trabalhar sobre projetos ou problemas concretos. As competências e habilidades, desenvolvidas nesse contexto, já devem ir surgindo ou se aperfeiçoando com a necessária mobilidade. Os conteúdos conceituais serão também aprofundados na medida em que se fazem úteis ou necessários.
Evidentemente, para que se trabalhe adequadamente desta forma o primeiro a necessitar de competências com grande mobilidade e capacidade da transferência de conhecimentos para atender a situações concretas é o professor.
Infelizmente, como é freqüente que um professor de biologia seja capaz de reconhecer organelas celulares desenhadas em seu livro, mas não em um microscópio eletrônico... ou “dar” aos alunos toda uma tabela de classificação de insetos, inclusive com nome científico, e ser não saber de classificar um que o seu aluno trouxe do jardim.
Outro aspecto necessário para o desenvolvimento de competências – que são gerais, e não autorizadas – é a ruptura das barreiras que se criaram entre as diferentes disciplinas. É verdade que cada disciplina tem as suas particularidades, uma metodologia própria, uma abordagem epistemológica que lhe é característica. Entretanto, é também verdade que nenhum fenômeno complexo envolve uma única disciplina para a sua resolução.
É necessário que cada professor se sinta responsável pela formação global de seu aluno e não por um único aspecto, informativo e relacionado à sua área específica de atuação.

Texto cedido pela colega Maria da Guia Alves da E. M. Cantídia Auda Pires - Acari/RN.

Em seguida, fizemos a leitura do texto Compromisso, que seria apresentado com a ajuda de slides, mas devido uma falha técnica, fizemos a leitura com o grupo.

COMPROMISSO

Compromisso é mais do que fazer o que é conveniente ou confortável. Compromisso é fazer o que é necessário.
(Peter Wagner)

O verdadeiro compromisso é serio e é poderoso. Compromisso não é apenas dizer que você irá fazer. Compromisso é fazer. Compromisso é muito mais do que desejar e torcer pelas condições favoráveis. Compromisso é trabalhar com o que você tem.
Compromisso não é fácil. Compromisso não se retrai e nem foge ao primeiro sinal de problema. Compromisso persevera até que o alvo seja alcançado. Compromisso não perde tempo, reclama ou busca por um culpado. Compromisso se ajusta à realidade e segue corajosamente em frente.
São muitas as pessoas que se enganam pensando que podem ir longe na vida sem exercer o esforço do compromisso. Esse é um grande engano. Um real e sólido compromisso é um trabalho real. Compromisso produz resultados que nada pode se comparar.

“O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz; se cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mão.” (Salmos 37:24)

Partimos para o planejamento das atividades do 2º bimestre, com o apoio do Projeto: Paz e as Relações Humanas, que nos subsidiará até meados de julho/2009.

Para encerrar nossa noite de muito estudo, fizemos a dinâmica Atire a primeira flor, e ao final da leitura entregamos um pequeno girassol para os participantes.

ATIRE A PRIMEIRA FLOR
Glácia Daibert

Quando tudo parecer caminhar errado, seja você a tentar o primeiro passo certo.
Se tudo parecer escuro, se nada puder ser visto, acenda você a primeira luz, traga para a treva a pequena lâmpada.
Quando todos estiverem chorando, tente você o primeiro sorriso, talvez não na forma de lábios sorridentes,
mas na de um coração que compreenda, de braços que confortem.
Se a vida inteira for um imenso não, não pare você na busca do primeiro sim,
ao qual tudo de positivo deverá seguir-se.
Quando ninguém souber coisa alguma, e você souber um pouquinho, seja o primeiro a ensinar,
começando por aprender você mesmo, corrigindo-se a si mesmo.
Quando alguém estiver angustiado, consulte bem o que se passa,
talvez seja em busca de você mesmo que este irmão esteja.
Daí, portanto, o seu dever ser o primeiro a aparecer, o primeiro a mostrar-se,
primeiro pode ser o único e, mais sério ainda, talvez o último.
Quando a terra estiver seca, que sua mão seja a primeira a regá-la.
Quando a flor se sufocar na urze e no espinho, que sua mão seja a primeira a separar o joio,
a arrancar a praga, a afagar a pétala, a acariciar a flor.
Se a porta estiver fechada, de você venha a primeira chave.
Se o vento sopra frio, que o calor de sua lareira seja a primeira proteção e primeiro abrigo.
Se o pão for apenas massa e não estiver cozido, seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento.
Não atire a primeira pedra em quem erra de acusadores o mundo está cheio.
Nem por outro lado, aplauda o erro, dentro em pouco a ovação será ensurdecedora.
Ofereça sua mão para levantar quem caiu, sua atenção para aquele que foi esquecido,
seja você o primeiro para aquele que não tem ninguém.
Quando tudo for espinho, atire a primeira flor, seja o primeiro a mostrar que há caminho de volta, compreendendo que o perdão regenera que a compreensão edifica que o auxílio possibilita que o entendimento reconstrói.
Atire você, quando tudo for pedra, a primeira e decisiva flor.


PARTICIPANTES:
Inácia Lúcia - Língua Portuguesa
Maria José - Língua Portuguesa
Maria Lima (Rita) - Matemática
Francimari - Matemática
Adriana Dantas - História e Artes
Quênia - História e Cultura do RN
Rosidelma - Geografia e Ciências
Glória Lima - Matemática e Ciências
Vera Dias - Língua Portguesa e Inglês
Kátia - Educação Física
Vitória Brito - Ciências e Artes
Edvando - Matemática e Artes
Verônica - Geografia e Português
Miranilda - Geografia e Religião
Iracema - Supervisora
Rúbia - Supervisora

Um comentário:

  1. Hum...A pauta foi bem recheada e dinâmica, que bom!Gostei muito da idéia da pasta e dos textos trabalhados.Parabéns!Com certeza o Gestar II vai ser um sucesso. Já preparamos nossa pauta para o 2° encontro, será 3ª feira, aqui em Acari. Depois quero trocar figurinhas com você para saber como colocar slide no blog, pois aind anão consegui.Bjos...

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