- Reflexão: Mahatma Gandhi
- Texto: A Moça Tecelã
- Autobiografias
- Apresentação do Avançando na Prática realizado em sala
- Texto: Gêneros textuais - definição e funcionalidade
- Música: Construção
- Envelope da linguagem
- Lição de Casa
- Avaliação do encontro
Iniciamos o encontro com a exibição da mensagem de Mahatma Gandhi, cantada por Mercedes Sosa e Beth Carvalho. (vídeo postado abaixo e a direita do blog)
Fizemos a leitura do texto A moça tecelã, de Marina Colasanti, onde cada grupo produziu textos diferentes a partir dele.
A Moça Tecelã
Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear.Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.
Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela.Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza.Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias.Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranqüila.Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado.Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponto dos sapatos, quando bateram à porta.Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida.Aquela noite, deitada no ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade.E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar.— Uma casa melhor é necessária — disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer.Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente.— Para que ter casa, se podemos ter palácio? — perguntou. Sem querer resposta imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em prata.
Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre.— É para que ninguém saiba do tapete — ele disse. E antes de trancar a porta à chave, advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos!Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha de novo.Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear.
Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela.
A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, espantado, olhou em volta. Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.
Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte.
A cursista Mariclécia disse que realizou o Avançando na Prática em sala, mostrando a biografia de vários autores e dela própria para incentivar seus alunos a construírem suas próprias histórias.
A professora Inácia Lúcia também realizou e obteve bastante êxito, onde os alunos produziram várias biografias, sendo deles e de pessoas importantes para os mesmos.
Maria José e Verônica ainda irão realizar nas próximas aulas, devido ao pouco tempo, já que estávamos em final de bimestre.
Tiramos dúvidas a cerca das atividades da Unidade 9 e do texto de referência de Marcuschi, e de como realizar os próximos Avançando na Prática.
Ouvimos a música Construção, de Chico Buarque (slides), sobre a importância do trabalho na vida de cada indivíduo. A letra da música está na Unidade 10 do TP 3.
Para o próximo encontro, os professores trarão diversos tipos de textos para trabalharmos os gêneros textuais, através do Envelope de Linguagem.
A avaliação do encontro foi através de relatos onde as cursistas relataram:
Mariclécia: desafio
Verônica: construção, superação de obstáculos
Maria José: o sucesso profissional depende do esforço pessoal
Inácia Lúcia: interação, que os encontros não de tornem enfadonhos.
E quanto a mim, acredito que a cada encontro é um passo dado na longa caminhada que é o GESTAR II. A mudança de postura de nossos professores só ocorrerá quando, eles mesmos, se conscientizarem de que são responsáveis por essa atitude. Às vezes, o desânimo toma conta mas a esperança é a última que morre, e portanto, sigo em frente, na perspectiva de animar os professores, torná-los mais humanos, menos amargos e mais vivazes.
Rubinha, que bom é o Gestar!Seremos ganhadores com essa metodologia:nós, professores e principalmente os alunos!Hoje a vivência com os professores de Acari e Cruzêta foi de fundamental relevância, aprendemos muito!Parabéns pelo encontro de vocês, a pauta estava ótima!Você sempre postando eincentivando a leitura poética!Abraços a Inês!
ResponderExcluirOlá Rubia, demorei mas cheguei!hehehe.
ResponderExcluirVim ver o layout, como vc pediu e com respeito ao banner dá para fazer sim. O Valor é R$ 10,00 em depósito em conta.
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Bjus Juliana
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